Minha Poesia

Euna Britto de Oliveira

Ah, meu antídoto,
Meu lenço de linho,
Meu jeito de passarinho,
Minha poesia!...
Isso está virando namoro,
Essa vontade de estar com meus pensamentos...
Esse prazer de, noite alta, acender a luz,
Ou nem acender,
E começar a escrever...
Ainda na cama, sem ser noite,
Ou a qualquer hora, no ônibus, no trabalho,
Sempre escrever...
Ou deixou de ser namoro,
Saltou o noivado
E virou casamento?!...
Isto será o quê?...

A maior bondade da minha casa
É que ela é minha.
A maior bondade da minha poesia
É que ela não é minha.
Está no ar...
Eu a apanho!
Ou não é só minha.
Está também dentro de mim.
Eu a desentranho...
Estranho!...

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Belo Horizonte, 13/04/1980

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.