Abertura

Euna Britto de Oliveira

A chave rodou na fechadura
A dança da libertação!...
Estonteada, olhei a luz cara a cara!
Diante de mim não havia caminhos,
Porque tudo era caminho.
E não é tudo caminhos
Onde existe planície?...
Refletida na água,
A minha face antiga.
Há momentos em que viver
É mais difícil que morrer...

Atiro no que vejo e mato o que não vejo,
Alvejo a pomba branquíssima que se tinge de sangue...
Extraio as brânquias do peixe
Que nunca pesquei nem pescarei...
Não tenho pena de matar formiga, nem barata,
Nem piolho, nem carrapato,
Nem berne... e odeio a esperteza da pulga!...

Tomo café com leite e canela,
Abro e fecho a janela,
Espanto a mosca,
E lá vem ela...
Houve um tempo em que vivi pesarosa...
Criei resistência, fiquei corajosa!

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.