Meu diário

Euna Britto de Oliveira

Hoje, eu vi um fim e um princípio:
De azul apagado que estavam,
Dois olhos ficaram acesos!...

Sinto o gosto da liberdade,
Não tem nada de saudade.
É o que tinha de ser.
Liberdade é quando a realidade
Confere com os planos de Deus.

Litros e garrafas
Verdes, brancos, azuis...
E os marronzinhos também,
Coloco-os à porta da casa para quem quiser levar.
Poder fazer é um poder.
Poder fazer qualquer coisa
Que a ninguém prejudique e
Ainda por cima
Edifique!

Meu diário é um mistério
Um mosteiro
Um mosaico arcaico
Uma frase em aramaico
Um som abafado de pandeiro
Um mosquiteiro
Pra mosca não vir pousar
Um coice no cabo da foice que vem para me cortar!
Uma padaria com pães pra o mundo inteiro provar...

Nada convencional
Meu diário pode ser qualquer papel
Qualquer folha que me socorra
Antes que a inspiração escorra
Antes que algum verso morra...

Mesmo assim, perdem-se tantos!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.