Entre o anzol e o peixe

Euna Britto de Oliveira

Entre o anzol e o peixe,
Bambo ou tenso,
O fio!
O pretenso peixe ainda nada
Na sua querida água...
De repente, um puxão de gente,
Um bamboleio da canoa,
E o peixe é fisgado
E, num arremesso,
É retirado da água, para sempre.
O que agüentou a tensão não foi a mão, não foi o peixe,
O que aguentou a tensão foi o fio, que não se partiu,
Mas quase...
Conforme a hora, sou pescador.
Conforme a hora, sou peixe.
Frequentemente, sou o fio
Entre um filho e o mundo...
Êh, mundo!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.