Desenho na areia da praia...

Euna Britto de Oliveira

O mar desmanchou o lindo, extenso e elaborado castelo de areia
Que fizeram para ser desmanchado mesmo!...
Mas não apagou o elaborado desenho na areia da praia que visitei hoje,
Simplesmente porque ninguém o fez.
O meu, só o comecei e parei.
Não sou muito de desenhar na areia molhada e firme.
Se escrevo, é um nome, uma data...
Depois, registro-os numa foto, e pronto!
Lembro de Anchieta e seu longo poema escrito na areia da praia,
Quando esteve preso entre os Tamoios.
Como pode se lembrar dele todo, depois?...
E o que conhecemos, é ele todo?...

Peixe dorme?
Ele é mudo, mas dá seus sinais de vida!
Na comunidade dos peixes, sou estrangeira.
Comodidade me inaugura.
A preguiça, ao longo da vida, a maior parte do tempo,
Passou longe de mim!...

O que purifica, nem sempre é o que mortifica,
Mas modifica!
O que mortifica, nem sempre purifica.
Um casarão de palha,
Eu debaixo,
Entre os nativos de uma aldeia, eu me acho!
A moça se queimou ao sol até ficar cor de formiga!
Desfila diante dos veranistas,
Que admiram sua boa forma e desenvoltura!...
Nem por isto ela é bonita.
Pouco vestida,
É só siligristida!
Está viva.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.