Arco-íris

Euna Britto de Oliveira

Nem tudo pode ser verde, mas a Esperança, sim!
A samambaia, também!
Uma roupa ou outra, também!
E a cor dos olhos de alguém...
A roupa verde-oliva dos soldados,
O verde-mar de umas águas visitadas...
O que mais pode ser verde neste mundo, além de tanta floresta?...
O que resta da parede do quarto verde-pistache são algumas fotos digitais...
A casa onde mora o sonho, vermelha!
A hora em que chega o namorado, dourada!...
Roxo é o beicinho da criança com frio,
Certas marcas de violência
E algumas violetas numa gôndola do supermercado...
Um campo de girassóis nos arredores de Genebra toma de assalto os passantes!...
Amarelo doido por sol!!!...
Trigais maduros perto da casa de Danièle e André, em Villars le Grand, na Suíça,
Lembram Saint Exupéry e os cabelos de seu Pequeno Príncipe!...
Na roça ou na cidade, santo é um ou outro, e todos eles se revestem de humanidade e humildade.
Em azul, o firmamento e o manto de Nossa Senhora,
A beleza da leveza do oxigênio que envolve a Terra,
E muitas coisas mais, inclusive borboletas e aves!...
O arco-íris é tão bem bolado!...
Inspiro o branco e expiro a cor que representa a ausência de todas as cores!...
Puxa!... Respirar é um luxo!
O que escraviza, sufoca!
A morte não tem cor.
A morte é apenas pesada.
Oprime o peito e pesa tanto, que não se consegue mais respirar!...
Esfria-se...
De vez em quando, morro um pouco,
E é com a Graça de Deus que revivo!
Olho o meu relógio preferido,
É hora de renascer!

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Belo Horizonte, 15/10/2013

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.