SERRAS GERAIS

Wilma Pinheiro

Oh! Minas de tanta riqueza,
De vida, tradição, natureza.
Horizonte envolto em montanhas,
É a terra das Serras Gerais.

A Canastra como uma mãe divina,
Ao São Francisco dá a luz;
Brotando de suas entranhas o rio,
Velho Chico, em seu leito vida fértil conduz.

A Piedade por legiões de anjos guardada,
Leva a seu cume, em cânticos, a procissão.
Majestosa, erguida em forma de altar,
Para encontrar o céu, eleva-se com devoção.

Da Moeda é a serra preciosa,
Suas veias profundas guardam pedras coloridas,
De esmeraldas, rubis e turquesa cravejada,
De verdes tons e sempre-vivas enfeitada.

Do Curral, em suaves curvas desenhadas,
De Del Rei outrora foi chamada,
Pintada de azul, avista-se ao longe,
É a moldura do mais Belo Horizonte.

São José, Serra palco do passado,
Caminho dos Inconfidentes, heróis da fé,
Tem charretes, cavalos, chão de pedras,
E Tiradentes estendida a seu pé.

Do Cipó... de mistérios é cercada...
Sussurros ao vento... de emoções antigas traz a chama.
Cidades de escravos, de grutas e salões mágicos,
A cachoeira como noiva o véu derrama.

A Caraça na serra entalhada,
Da história abre o olhar sobre o porvir,
Escola de cultura, baluarte juvenil,
A lembrar alunos, grandes nomes do Brasil.

Na Mantiqueira, discreta beleza:
Minúsculas flores, brotar de águas, pura natureza!
Aqui Deus se fez presente ao dizer:
“Haja entre serras o mineiro jeitinho de ser.”

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Ilustração:
Serra da Piedade e Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté - MG

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.