Arrastão...

Vem que o tempo vai passar
Este dia vai passar
Mas do chão não passará
A pirraça que amassa este espaço
E arranha meu coração
Vem que o tempo vai passar
Por cima dos dias de outrora
Cada vez mais distantes
Com força de arremessar
Vou lançar meus desenganos
Que mal saíram dos panos...
Vem que o tempo vai assar
Mais que o forno a batata doce
Daquela mesma que eu trouxe
Na hora da fome da tarde
Há mais batatas assando
Para quem vive enganando
Do que para quem esteja enganado
Engalanados os malvados
Vão engabelando os incautos
Com longos discursos e falas
Arrastam suas túnicas nas salas
E saqueiam as casas das viúvas
Em bíblicas profecias
Previstas há dois mil anos
Vem que o Dono do tempo já vem
E espera só o Amém
Para acertar muitas contas
De tantas pessoas tontas
Que ajuntam para pesar
O fardo que vão carregar
Vem que o tempo está a passar
Mais do que da lama da represa rompida
Foge da vida ensandecida
Sobe a montanha da cegueira agradecida
Que se curou com amor
E salva-te!
Euna Britto de Oliveira
Belo Horizonte, 09/11/2015
ARRASTÃO
Vem que o tempo vai passar
Este dia vai passar
Mas do chão não passará
A pirraça que amassa este espaço
E arranha meu coração
Vem que o tempo vai passar
Por cima dos dias de outrora
Cada vez mais distantes
Com força de arremessar
Vou lançar meus desenganos
Que mal saíram dos panos...
Vem que o tempo vai assar
Mais que o forno a batata doce
Daquela mesma que eu trouxe
Na hora da fome da tarde
Há mais batatas assando
Para quem vive enganando
Do que para quem esteja enganado
Engalanados os malvados
Vão engabelando os incautos
Com longos discursos e falas
Arrastam suas túnicas nas salas
E saqueiam as casas das viúvas
Em bíblicas profecias
Previstas há dois mil anos
Vem que o Dono do tempo já vem
E espera só o Amém
Para acertar muitas contas
De tantas pessoas tontas
Que ajuntam para pesar
O fardo que vão carregar
Vem que o tempo está a passar
Mais do que da lama da represa rompida
Foge da vida ensandecida
Sobe a montanha da cegueira agradecida
Que se curou com amor
E salva-te!