Conformidade

Euna Britto de Oliveira

— Deixa eu deitar em seu “ome”, mamãe!
Mas “ome” aqui, eu sei, quer dizer ombro.
Entendo. Pode!

No dia que em galinha nascer dente...
Dia de São Nunca, de tarde...
Era assim que, ainda criança, me prometiam certas coisas
que eu não sabia serem impossíveis...

Foi conformada que aprendi que nasci para viver... e também morrer!
Se, com a Graça de Deus, até um recém-nascido dá conta desse recado,
por que não poderei, com a mesma Graça de Deus,
dar conta, eu também?...

Bracinhos deslocados se ajeitam...
Preciso de mãos, boca e mente para rezar.
De coração é o que preciso mais!
Hoje plantei alfavaca, só pra ter o gosto de cheirar...

Há coisas que a gente entende ou não entende,
aceita ou não aceita,
que a gente faz ou não faz, conforme a idade,
ou a conformidade...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.