Acanto

Euna Britto de Oliveira

Nem mais, nem menos:
Em meu canto,
Canto o encanto do acanto!...
Para mim, sua beleza advém de sua história...
Histórias bonitas dão aura às pessoas
E também aos lugares, às coisas....


Há muito, muito tempo...
Na Grécia Antiga,
Alguém colocou sobre o túmulo de uma jovem
Uma cesta com folhas de acanto.
Haveria nessa cesta flores de acanto também?...
Não sei.

Por algum motivo, emborcou-se a cesta.
As folhas, em um movimento artístico, arrebitaram-se
E ficaram numa posição que inspirou a um arquiteto grego
A ornamentação das colunas de templos de Atenas...
Apenas isto.

Mas essa história foi suficiente
Para me fazer interessar por essa planta,
Que não vejo por aqui...
Não a encontrei nas Floras,
Nunca a vi aqui!

Trouxe uma mudinha da Europa, sim!
Não exatamente de Atenas,
Do jardim da casa de uma amiga, em Genebra, na Suíça,
Onde essa planta é bastante comum!
Bem pequenina, hidratada por um algodão embebido em água
E colocado em sua base.
Envolta em papel alumínio,
Viajou comigo para o Brasil, de avião,
Dentro da minha bolsa...
Atravessamos o oceano juntas,
E juntas fizemos muito boa viagem!!!...

Dei a maior sorte!
Pegou, vingou, prosperou!...
Hoje, tenho acanto em casa!...

Acanto...
Até parece o contrário de canto.
Mas não é!
É uma planta.
E tenho paixão por plantas!...
Folhagens trazem impressões digitais divinas
E verdes notícias de Deus!...

Não sou de contar um conto e aumentar um ponto!
Em resumo, é isto.
Nem mais, nem menos!
Sumo da Grécia em minha casa...
Lembranças em folhas de uma planta...

Foto tirada aos pés da Acrópole, em Atenas, em junho de 2001...

A mudinha que veio comigo não veio da Grécia,
Veio do jardim de uma casa muito querida, em Genebra...
Agradeço-a a Colette Mutti, minha amiga,
Com o mais merecido "MERCI"!
A planta e eu estamos aqui.
De vez em quando nos vemos!
Fico feliz com ela!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.