Banho de Rosas

Euna Britto de Oliveira

Banho-me com sabonete de rosas,
não sei se brancas ou azuis,
e meu pensamento enorme rastreia os astros,
procurando o futuro,
o furo que me adiante qual será minha sorte,
o muro que me esconda do dia da minha morte!...

O vinho tinto acabou-se.
É assim que vivo hoje:
A vida estreita,
na espreita,
entretendo-me com escrita escorreita...
Aliso, com minhas mãos vazias,
o sonho bom e proibido,
os dedos untados com um gosto de geléia real,
o bem do tamanho do mal!

Com um lençol côr-de-rosa,
forro a cama de casal ociosa.
Bom dia, noite!
Boa noite, dia!
Todas as tardes são boas!...
Para quem fez o mundo, não existe o impossível.

A Esperança é uma menina,
e acaba de renascer!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.