Impressões

Euna Britto de Oliveira

A quaresmeira roxa,
uma vaca mocha,
a paz do mundo resvalando
como água mal segura
por entre os dedos de quatro mãos...

Um preto velho, com um cachimbo,
assentado em algum batente de porta,
solta baforadas de fumaça,
que se evola
como incenso de deplorável odor!...
Enquanto isso, em Diamantina,
cidade que já conheço,
os sinos da igreja do Carmo tocam...

Em algum lugar do país,
sobre mesa tosca,
um prato velho,
contendo farinha, caldo de osso e couve,
é como se fosse um banquete,
nesse dia de graça,
para aquele que está vivo,
num mundo em que tudo passa...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.