A História se Repete

Euna Britto de Oliveira

Leio a lendária viagem de uma menina em um Zeppelin.
1935 – eu não existia,
e nem por isso a humanidade desistia
de seus mais mínimos direitos:
Aprendia línguas,
viajava,
festejava bodas...
As pessoas se casavam,
amavam-se,
odiavam-se,
separavam-se...
Exatamente como agora.

Tenho de ser como o lençol em relação à cama:
Maior que as dificuldades,
as adversidades, as vaidades...
Bem desdobrada, bem esticada,
preparada para descaso alheio e fama
e amor
e drama...

Meu último dia será como minha última menstruação:
Último de uma série!...
Mais ou menos esperado,
porém nunca confirmado.
Imprevisível.

Belo Horizonte – 1991.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.