Fogo de Palha

Euna Britto de Oliveira

Sei que é supérfluo,
mas corro atrás!...
Compulsivamente,
compro o que posso e o que não posso,
para confortar-me!
E nada me conforta
por mais de alguns minutos...

Preciso mesmo é de Deus,
que prreenche os maiores
e os menores mundos,
inclusive o meu!

A nossa ciranda desanda...
Morro de pena das flores colhidas a destempo,
dos animais criados para abate,
das virgindades mal resolvidas,
dos pássaros presos,
das pessoas que sofreram derrame
e estão amarradas sem cordas,
das tintas mal dissolvidas...
Misturo a tinta com vinagre e pinto uma tela,
jamais um pano de prato.

Mesmo que esteja fortemente armado,
meu espírito se desarma diante das pessoas fracas,
esses "experts" em sobrevivência!...
Por que não mais sua visita, Leordina?
Por que não mais notícia sua, Roseira?
Por que esses silêncios,
essas ausências sem fim?...
Ai de mim, que vivo e morro,
conforme a música...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.