Dúvida

Euna Britto de Oliveira

Esse vigor enjaulado no meu lado esquerdo,
esse rigor abusado em torno do meu direito...
Nem solitária, nem água sanitária,
vou fazer tudo bem feito!

Vender meu corpo, não vendo.
Contar o que se passa com ele,
isso eu canto,
e ainda faço um bom desconto...
Quando me chamas,
deito-me a teu lado
e mulhermente deixo que tudo aconteça,
como se nada de novo tivéssemos aprendido,
desde o princípio do mundo...

Quando não é hora do que não tem hora,
quando a gente não deve mais comer doce,
não gosta de cigarro nem tem outras manias,
o que mais pode fazer nas horas vazias?
Escrever poesias,
conversar fiado,
esmaltar as unhas,
rezar litanias?
Viajar para nunca mais chegar, pelas ruas da cidade...
Ou simplesmente tomar um longo banho morno
e se aquietar?...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.