BANZO

Celeste Aída de Assis Foureaux

Sempre me lembro do meu pai querido
Com um enorme galho de pinheiro
Sacolas de enfeites e todo esbaforido,
A dizer: vamos ver quem acaba primeiro...
Qualquer coisa vale, o negócio é ajudar.
E a gente corria, brigava e, no fim, se encantava.
E era tanta a magia da vida
Que não vimos o banzo a espreitar
E se esconder esperando a ida,
O adeus de alguém, para poder atacar.
Mas o nosso Anjo, enquanto na terra,
Nos levou a dar pão a quem não tinha.
Fez um comando de bondade e voou
Ao Pai e nos deixou a cuidar da nossa vinha.
A árvore da família cresceu e frutificou
E cada galho comemora o Natal, a repartir
Abraços, lembranças, sorrisos... nada mudou.
Até eu que tenho a casa vazia,
Peço a Deus que comemore ainda,
Muitos anos, sem banzo nem nostalgia.
Muitos amigos, filhos, netos e alegria.

NATAL DE 2005

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.